Enfiando na Meiúca

Conteúdo futebolístico e etílico

Tema do tira-teima: A pentelhada cresceu

Como já frisado aqui mesmo neste blog, eu, assim como todo blogueiro bom, mal ou mau, sou um filho da pauta. Da pauta que me é passada, da pauta que me é estabelecida. Seja diretamente ou indiretamente, pelos superiores moderadores do conteúdo deste site ou pela rotina que toma conta das ruas. Notícia ruim não vende jornal.

Então, nada mais justo que falar da juventude brasileira que vem conquistando a América do Sul. Sim, falarei da recente conquista do Sulamericano Sub-17 e da já cansada e desgastada vitória no torneio sub-20. Usarei meu métodos, conhecimentos e entendimentos de um profissional da área do meu nível, que ganha o piso. Porque, como todos sabem, publicitário que ganha o piso, não tem teto.

A mulecada brasileira vem detonando os hermanos desde cedo no tapete verde onde rola a bola. Desde os primeiros passos, a primeira cuspida no close da câmera e o primeiro moicano da vida, a gurizada brasileira ta botando a moral do nosso futebol lá em cima. Estão prometendo para nós e para eles mesmos que futuramente teremos gerações e gerações vencedoras trazendo canecos e nos ajudando a virar cada vez mais canecos pra comemorar.

O sub-20 já foi a campo cercado de câmeras. Cheio de estrelas e mostrou um futebol de encher os olhos. Até porque, a grande maioria já joga como (e com) gente grande há anos. Em compensação, a garotada do sub-17 "não encantou" segundo os olheiros. Oras bolas. Será que é tão difícil enchergar que um guri com 17 anos ainda sente a pressão de vestir a amarelinha? Ainda mais num torneio continental? Sejamos francos. 2 puxões de orelha, e no mínimo metade do plantel bate de frente com Brancos e Red's. Bobear, até empatam.

Provavelmente tal comentário se dá pela seletividade da procura futebolística de hoje. Com tanta gente "sabendo" jogar e orientar, os olheiros favorecem aqueles que já possuem os holofotes em sua volta. Porque olheiro bom que é olheiro bom, é igual a jogador de futebol: um olho no peixe e outro no gato. Igual ao nosso amigo Claiton:

Assiste a um jogo de tênis com a cabeça parada. Sempre atento.

Injustiça afirmar com tanta propriedade que essa gurizada não encantou. Se mantida a base, estamos certos de que uma boa parte, com o treinamento certo, e sem cair na esbórnia, têm capacidade inclusive para daqui a 6 ou 7 anos serem indicados para melhor do mundo. E mais! Melhor do campeonato Carioca!!!

Quem acompanhou ambos campeonatos está seguro que estamos bem servidos de craques. Depois da geração de Diego e Robinho, foram poucos que encantaram 380 milhıes de olhos atentos, que acordavam cedo pra admirar botinudos que só sabiam jogar como Fernando Branco e José Miojo. O futebol brasileiro precisa de magia. Precisa principalmente de confiança.

Ou seja, precisa de jogadores sem chuteiras (dado baseado na minha vivência atual).

Despeço-me hoje fazendo um minuto de silêncio pela morte da coluna de sábado, que apesar de não fazer a menor falta...... É, não fará falta. Assim como o Miojo (bom menino!).

Bebei amigos, bebei.

Leandro Cardoso Pires (Diretor de Arte e Redator nas horas vagas, vadio em tempo integral, meia-cancha poliglota e polivalente e colunista desta birósca.)