Enfiando na Meiúca

Conteúdo futebolístico e etílico

Tema do tira-teima: Estaduais de Luxo

Devido a diversidade de críticas inúteis quanto ao conteúdo englobado nas últimas semanas por este que vos fala, comecemos esta resenha crítica com seriedade e serenidade desde o título. Debateremos sobre a importância e a desimportância dos estaduais no cenário brasileiro.

Concordamos todos que estaduais foram feitos para os grandes times levarem. Desde o ínicio bolados para que times pequenos como Boavista, Macaé, Mirassol, Oeste, Botafogo, Juventude, entre outros, não consigam levar a bolada do primeiro trimestre. São treinos de luxo, são pré-temporadas estendidas, boladas para que jogadores truculentos como (não vou citar o Miojo porque ele não gosta) Fernando Branco e Miojo (Porra! Falei!!!) se soltem, peguem o ritmo, encorporem o espirito da maratona corrida que o calendário proporciona.

A torcida não vai se esquecer tão cedo das emoções e dos times mistos e/ou reservas, principalmente em São Paulo, que rechearam a bolinha de papel nos fins de semana. Polpar titulares é pura bobagem! Os estaduais deveriam ser tratados como treinos pegados, jogos-treinos, para que o time adquira confiança, pegue ritmo, entrosamento.

E se um time misto perde, desanda e cai nas fases finais? Inicia uma crise fantasma. Como a mídia sempre gosta de pronunciar.

Depois de uma rápida pré-temporada, com apenas 190 jogos-treino, finalmente vai começar a grande maratona do Paulistinha. Por conta de um calendário mais folgado que cunhado em casa, a nobre FPF resolveu esticar a disputa. Transformou um lépido bangue-bangue de 180 balas em um eterno tiroteio de 90 cartuchos nas quartas e semifinais, voltando ao mata-mata na decisão.

Ou seja, depois de correrem atrás da bola durante escassos 1.710 minutos, São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos, Ponte, Oeste, Mirassol e Lusa serão obrigados a jogar estafantes 360 minutos para soltar o grito de campeão.

O relógio da bola no Carioquinha é menos drástico. Flamengo, Fluminense, Vasco e Olaria terão 180 minutos para levantar a Taça Rio.

O rubro-negro poderia cantar de galo e já se imaginar na decisão, mas o malabares Ronaldinho não deixou. Chutou nas nuvens um pênalti fabricado no último lance contra o Macaé e empurrou o patinho feio, o Olaria, para a nau de São Januário. Agora, vai ter de encarar pó de mico do Fluminense.

Assinemos em baixo. É feito pra time grande. Desde sempre. Esse lance de Campeonato mais charmoso, campeonato mais puxado, só existe pra quem quer. E nós? Bom, nós bebemos, torcemos e (alguns) comemoramos. Como sempre.

Bebei amigos, bebei.

E você? Gostou da coluna incorporando a seriedade? Prefere este colunista sério ou cômicozinho?

Responda nos comentario, você certamente será ignorado levado a sério.

Leandro Cardoso Pires (Diretor de Arte e Redator nas horas vagas, vadio em tempo integral, meia-cancha poliglota e polivalente e colunista desta birósca.)