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Tema do tira-teima: Ronaldo entra no seleto rol dos que receberam jogo de despedida da Seleção
Tema do tira-teima: Ronaldo entra no seleto rol dos que receberam jogo de despedida da Seleção
Ronaldo entra nesta terça-feira no seleto rol dos atletas que receberam um jogo de despedida da Seleção Brasileira. Pouquíssimos atletas ganharam tal honra.
O goleiro Gilmar foi um dos primeiros a ser homenageado um jogo formal de despedida da Seleção. E em um duelo teoricamente complicado. Em 12 de junho de 1969, dois meses antes de completar 39 anos, o arqueiro bicampeão do mundo em 58 e 62 foi convocado para o amistoso contra a Inglaterra, no Maracanã. O motivo seria permitir que o arqueiro completasse 100 jogos pela equipe. E o veterano ajudou a Seleção a derrotar os então campeões do mundo por 2 a 1 (gols de Tostão, Jairzinho e Bell).
Dois anos depois, Pelé, aos 31 anos, decidiu se aposentar da Seleção Brasileira. E teve o privilégio de ganhar dois jogos de despedida da equipe. O primeiro, diante do público paulista, no Morumbi, no empate com a Áustria por 1 a 1, em 11 de julho de 1971. Gol de Pelé. Antes do jogo, o Rei recebeu uma coroa e um cetro, para marcar para sempre a sua majestade.
A partida oficial de adeus à amarelinha ocorreu uma semana depois, no Maracanã. Diante de mais de 138 mil pagantes, Pelé atuou apenas durante um tempo contra a Iugoslávia. Não conseguiu balançar a rede no empate em 2 a 2, mas foi homenageado ouvindo os gritos de “fica, fica, fica” enquanto dava uma volta olímpica em torno do gramado em que tanto brilhou.
Outro campeão mundial que recebeu uma homenagem no final da carreira foi Jairzinho. Aos 38 anos e com 99 jogos pela Seleção, o Furacão da Copa de 70 foi convocado para atuar por 15 minutos no amistoso contra a Tchecoslováquia em 3 de março de 82, no Morumbi. E assim chegar a 100 partidas pelo selecionado. Zico fez o gol brasileiro naquele dia.
O Galinho de Quintino também teve o privilégio de ter um jogo de despedida da Seleção. Em 27 de março de 1989, Zico levou 41 mil espectadores ao estádio Comunale de Friuli, em Udine (Itália), para o amistoso entre o Brasil e uma seleção do Resto do Mundo. Que reunia estrelas como Stoitchkov, Francescoli, Dassaev, Preud’homme, entre outros. Dunga abriu o placar para o Brasil, mas o uruguaio Francescoli e o húngaro Detari viraram para o selecionado estrangeiro. Mas o astro da noite foi Zico, que, aos 36 anos, deu passes geniais, mostrando a velha categoria.
E como Ronaldo, Romário também foi homenageado com uma última partida pelo Brasil no Pacaembu. Em 27 de abril de 2005, aos 39 anos, o Baixinho foi titular e ficou 38 minutosm ecampo no amistoso diante da Guatemala. Tempo suficiente para deixar a sua marca de artilheiro, fazendo o segundo gol brasileiro na vitória por 3 a 0.
Já Garrincha não teve um jogo oficial de despedida pela Seleção. O bicampeão mundial foi lembrado com o “Jogo da Gratidão”, organizado por amigos no Maracanã em 19 de dezembro de 1973. Com toda a renda revertida para o craque. Uma verdadeira seleção brasileira entrou em campo, mas sem a camisa oficial da CBD, para enfrentar um combinado de estrangeiros que atuavam no país. Pelé, Jairzinho, Paulo César Caju, Rivellino e outros prestaram a última homenagem em campo ao eterno camisa 7. E os brasileiros venceram por 2 a 1. Com direito a um golaço de Pelé.
Parabéns Ronaldo, pela sua carreira de vitórias, superação e brilhantismo. O país jamais esquecerá seu amor pela pátria e pelo esporte que é paixão nacional.
Leandro Cardoso Pires (Diretor de Arte e Redator nas horas vagas, vadio em tempo integral, meia-cancha poliglota e polivalente e colunista desta birósca.)
Obs: Os artilheiros de segunda-feira que pediram música já estão no post abaixo.
acho injuto, pois o brasil teve muitos outros craques que nao foram homenageados assim...
ResponderExcluirdeveriam ser lembrados tb pela CBF