Dai raça, esse é o um dos assuntos esportivos mais comentado do momento, sendo assim, nosso amigo Leandro escreveu esse ótimo texto, para que você entenda e de sua opinião sobre o polêmico tema.
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Com o testemunho de 122.001 torcedores que lotavam o Maracanã no fim da tarde de 19 de julho de 1992, o Flamengo empatou em 2 a 2 com o Botafogo e conquistou o Brasileirão. Para o clube, era seu quinto campeonato nacional. Por isso, o capitão rubro-negro Júnior ergueu a Copa Brasil como se tomasse posse definitiva do troféu. Para a CBF, porém, era apenas o quarto título flamenguista e a taça continuaria à espera do primeiro pentacampeão nacional. Diante do impasse, a famosa peça de bolinhas criada pelo artista Maurício Salgueiro foi tirada de circulação.
Então, como diria o esquartejador: Vamos por partes:
Crise, revolução e traição
Capítulo 1: CBF em crise institucional
Capítulo 1: CBF em crise institucional
Com a direção inteira em cheque e os cofres vazios, a CBF decide que, após o rombo no orçamento causado pela Copa Brasil (nome dado ao Brasileirão até a época) não poderia ser realizada.
Capítulo 2: nasce o Clube dos 13
Enquanto a CBF estava à deriva, os clubes já se organizavam para fazerem valer seus interesses. No caso, a maior preocupação era fazer lobby para incluir na pauta da Assembléia Constituinte – que se formaria em 1988 – um artigo que lhes desse autonomia de organização e funcionamento. A campanha foi bem sucedida e a união de clubes ganhou força. Em abril, Flamengo e São Paulo se negaram a ceder seus jogadores para uma excursão da Seleção Brasileira à Europa e tiveram respaldo do CND.
Em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães anunciou: “a CBF não tem condições de organizar o Campeonato Brasileiro deste ano”. O motivo era a falta de dinheiro para arcar com as viagens dos times e outras despesas da competição. Sob o risco de ficar sem a competição que já era a mais importante do calendário, os grandes clubes resolveram tomar as rédeas da situação. “Liguei para o Nabi e perguntei se era sério o que o Octávio falava. Ele disse que era e ‘deu a bênção’ para que organizássemos o campeonato se quiséssemos”, conta Aidar.
Capítulo 3: a Copa União ganha forma
Quando foi formatado o novo Campeonato Brasileiro, a intenção foi transfornar a competição em um grande produto para o mercado.
Ainda assim, o Clube dos 13 contava com o apoio da CBF. “A única exigência da entidade para oficializar nosso Campeonato Brasileiro foi a inclusão de mais três clubes de outros Estados”. Não se podia falar em critérios técnicos, times que não haviam conquistado titulo algum estavam batalhando com os grandes campeões brasileiros.
Com participantes definidos, o Clube dos 13 correu atrás de apoio financeiro. João Henrique Areias e Celso Grellet, diretores de marketing de Flamengo e São Paulo, comandaram o projeto comercial. O torneio foi batizado de “Copa União” para ter uma marca que enfatizasse a nova fase do futebol brasileiro e pudesse ser licenciada por diversas empresas. Além disso, a organização obteve o patrocínio oficial de Rede Globo, Coca-Cola e Varig.
A Coca-Cola colocou seu logotipo nas camisas de todos os clubes que não tivessem patrocinadores (apenas Flamengo, Palmeiras e Corinthians tinham contratos a cumprir) e no círculo central do gramado (depois, a Fifa vetou essa idéia e a marca ficou dentro dos gols). A Rede Globo transmitiu o campeonato com exclusividade.
Capítulo 2: nasce o Clube dos 13
Enquanto a CBF estava à deriva, os clubes já se organizavam para fazerem valer seus interesses. No caso, a maior preocupação era fazer lobby para incluir na pauta da Assembléia Constituinte – que se formaria em 1988 – um artigo que lhes desse autonomia de organização e funcionamento. A campanha foi bem sucedida e a união de clubes ganhou força. Em abril, Flamengo e São Paulo se negaram a ceder seus jogadores para uma excursão da Seleção Brasileira à Europa e tiveram respaldo do CND.
Em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães anunciou: “a CBF não tem condições de organizar o Campeonato Brasileiro deste ano”. O motivo era a falta de dinheiro para arcar com as viagens dos times e outras despesas da competição. Sob o risco de ficar sem a competição que já era a mais importante do calendário, os grandes clubes resolveram tomar as rédeas da situação. “Liguei para o Nabi e perguntei se era sério o que o Octávio falava. Ele disse que era e ‘deu a bênção’ para que organizássemos o campeonato se quiséssemos”, conta Aidar.
Capítulo 3: a Copa União ganha forma
Quando foi formatado o novo Campeonato Brasileiro, a intenção foi transfornar a competição em um grande produto para o mercado.
Ainda assim, o Clube dos 13 contava com o apoio da CBF. “A única exigência da entidade para oficializar nosso Campeonato Brasileiro foi a inclusão de mais três clubes de outros Estados”. Não se podia falar em critérios técnicos, times que não haviam conquistado titulo algum estavam batalhando com os grandes campeões brasileiros.
Com participantes definidos, o Clube dos 13 correu atrás de apoio financeiro. João Henrique Areias e Celso Grellet, diretores de marketing de Flamengo e São Paulo, comandaram o projeto comercial. O torneio foi batizado de “Copa União” para ter uma marca que enfatizasse a nova fase do futebol brasileiro e pudesse ser licenciada por diversas empresas. Além disso, a organização obteve o patrocínio oficial de Rede Globo, Coca-Cola e Varig.
A Coca-Cola colocou seu logotipo nas camisas de todos os clubes que não tivessem patrocinadores (apenas Flamengo, Palmeiras e Corinthians tinham contratos a cumprir) e no círculo central do gramado (depois, a Fifa vetou essa idéia e a marca ficou dentro dos gols). A Rede Globo transmitiu o campeonato com exclusividade.
Capítulo 4: traição, e a CBF volta à cena
A forma como surgia a Copa União deixou vários clubes descontentes. Os líderes do movimento eram América-RJ, Guarani e Portuguesa se sentiam injustiçados, pois teriam direito de estar na elite pelo desempenho no Brasileirão de 1986.
O sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 também saltou aos olhos da CBF. Desse modo, a entidade decidiu organizar uma competição com 16 clubes que estavam de fora da Copa União. Usou como critério a classificação do Brasileirão de 1986, apesar de deixar de lado a Ponte Preta em favor do Sport, e conseguiu o apoio do SBT. Depois, a CBF mudou seu discurso e deixou de considerar a Copa União como o Brasileirão. Naquele momento, o torneio dos grandes seria o Módulo Verde e o outro, o Amarelo. Os dois melhores de cada módulo se enfrentariam para definir o campeão nacional.
O Clube dos 13 decidiu boicotar o cruzamento. No entanto, a CBF contou com um apoio de dentro da união de clubes. “O Eurico Miranda era vice-presidente de futebol do Vasco e ficou como nosso interlocutor na CBF”, comenta Aidar. “Ele nos traiu e deu sinal verde para a CBF virar a mesa, mesmo contra a determinação dos outros 12 clubes de não fazer cruzamento com o Módulo Amarelo.” O Clube dos 13 não assinou o regulamento proposto pela confederação, mas já estava aberta a brecha para a confusão.
Os dois torneios caminharam e não se falava em cruzamento. Para a mídia, o título brasileiro se decidia na Copa União. O Flamengo conquistou o torneio ao surpreender o invicto Atlético-MG de Telê Santana na semifinal e ao bater o Internacional na decisão. O Módulo Amarelo teve a final, Guarani e Sport dividiram o título após empate em11 a 11 na disputa de pênaltis.
Em janeiro daquele ano, a CBF impôs seu regulamento e determinou que seria realizado um mata-mata entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani. Flamenguistas e colorados confirmaram a decisão de boicotar o cruzamento e não compareceram às semifinais. Assim, Sport e Guarani fizeram a final, vencida pelos pernambucanos. As duas equipes representaram o Brasil na Copa Libertadores e foram oficializadas pela CBF como campeão e vice do país em 1987. O CND tinha outra visão e deu o título ao Flamengo. Anos depois, o Rubro-Negro de Recife ganhou o campeonato na Justiça.
OS PROTAGONISTAS
Clubes grandes
Estavam dispostos a se unirem para ganhar autonomia e mudar a estrutura do futebol de modo que explorassem melhor seu potencial econômico. Aproveitaram a desistência da CBF em organizar o Brasileirão de 1987 e criaram o Clube dos 13.
Clubes pequenos
Alguns, como América-RJ, Guarani e Portuguesa, se sentiram prejudicados pela falta de critério técnico na definição dos participantes da Copa União e muitos falaram que era uma “virada de mesa”.
CBF
Com presidente e vice que não se entendiam, a entidade estava desgovernada, sem força política e em crise financeira. Não tinha mais condições de segurar a vontade dos clubes de se organizarem por conta própria.
Eurico Mirando
Filho da puta pra variar puxando o tapete pra se favorecer financeiramente. Ao lado de Ricardo Teixeira, é o maior bandido do Futebol Mundial.
A forma como surgia a Copa União deixou vários clubes descontentes. Os líderes do movimento eram América-RJ, Guarani e Portuguesa se sentiam injustiçados, pois teriam direito de estar na elite pelo desempenho no Brasileirão de 1986.
O sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 também saltou aos olhos da CBF. Desse modo, a entidade decidiu organizar uma competição com 16 clubes que estavam de fora da Copa União. Usou como critério a classificação do Brasileirão de 1986, apesar de deixar de lado a Ponte Preta em favor do Sport, e conseguiu o apoio do SBT. Depois, a CBF mudou seu discurso e deixou de considerar a Copa União como o Brasileirão. Naquele momento, o torneio dos grandes seria o Módulo Verde e o outro, o Amarelo. Os dois melhores de cada módulo se enfrentariam para definir o campeão nacional.
O Clube dos 13 decidiu boicotar o cruzamento. No entanto, a CBF contou com um apoio de dentro da união de clubes. “O Eurico Miranda era vice-presidente de futebol do Vasco e ficou como nosso interlocutor na CBF”, comenta Aidar. “Ele nos traiu e deu sinal verde para a CBF virar a mesa, mesmo contra a determinação dos outros 12 clubes de não fazer cruzamento com o Módulo Amarelo.” O Clube dos 13 não assinou o regulamento proposto pela confederação, mas já estava aberta a brecha para a confusão.
Os dois torneios caminharam e não se falava em cruzamento. Para a mídia, o título brasileiro se decidia na Copa União. O Flamengo conquistou o torneio ao surpreender o invicto Atlético-MG de Telê Santana na semifinal e ao bater o Internacional na decisão. O Módulo Amarelo teve a final, Guarani e Sport dividiram o título após empate em
Em janeiro daquele ano, a CBF impôs seu regulamento e determinou que seria realizado um mata-mata entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani. Flamenguistas e colorados confirmaram a decisão de boicotar o cruzamento e não compareceram às semifinais. Assim, Sport e Guarani fizeram a final, vencida pelos pernambucanos. As duas equipes representaram o Brasil na Copa Libertadores e foram oficializadas pela CBF como campeão e vice do país em 1987. O CND tinha outra visão e deu o título ao Flamengo. Anos depois, o Rubro-Negro de Recife ganhou o campeonato na Justiça.
OS PROTAGONISTAS
Clubes grandes
Estavam dispostos a se unirem para ganhar autonomia e mudar a estrutura do futebol de modo que explorassem melhor seu potencial econômico. Aproveitaram a desistência da CBF em organizar o Brasileirão de 1987 e criaram o Clube dos 13.
Clubes pequenos
Alguns, como América-RJ, Guarani e Portuguesa, se sentiram prejudicados pela falta de critério técnico na definição dos participantes da Copa União e muitos falaram que era uma “virada de mesa”.
CBF
Com presidente e vice que não se entendiam, a entidade estava desgovernada, sem força política e em crise financeira. Não tinha mais condições de segurar a vontade dos clubes de se organizarem por conta própria.
Eurico Mirando
Filho da puta pra variar puxando o tapete pra se favorecer financeiramente. Ao lado de Ricardo Teixeira, é o maior bandido do Futebol Mundial.
Ou seja: Com o alvará da CBF, o Clube dos 13 se ergueu, organizou o campeonato, adquiriu receita, levou multidões aos estádios, e apenas meses depois, a CBF cresceu o olho, e com a ajuda do (X9 Filho da puta dum demonho do curísco duma vagabunda) Eurico Miranda, teve acesso ao projeto, copiou e iniciou um campeonato de Segunda Divisão, aonde não fazia o menor sentido cruzar os módulos. Precisar
Mas o interesse no cruzamento, era a venda dos direitos de TV, se não, os torcedores da Segunda Divisão, não teriam interesse em assistir seus times, o que não geraria receita alguma a CBF.
Flamengo e Sport são sim campeões de 1987 (um ano histórico na história do Brasil, diga-se de passagem. Ano do MEU nascimento.) por mérito e por direito, consecutivamente.
E o São Paulo que depois de tanto tempo apoiando e dando méritos ao Flamengo por 87, sendo que seu presidente que assinou tudo em baixo dos arquivos de Microsoft Word, e como entidade maior do Clube dos 13 bateu o pé e reconheceu o feito Rubro-Negro, depois de anos, voltou-se contra o time carioca por interesse próprio, sabendo que, junto a taça, viria um grande e gordo cheque da Caixa Econômica Federal.
Anos após, o Sport manifestou o interesse em integrar-se ao Clube dos 13. Porém, o predisente da época, Kleber Leite, também presidente do Flamengo, detalhou sua condição:
Sport entra como conselheiro no Clube dos 13, se assinar a divisão do título de 1987.
Batata. Documento assinado e guardado. Mas com a entrega da taça semana passada para o São Paulo, este documento foi encaminhado, lido, analisado e comprovado sua originalidade. Um dos maiores pilares que levaram a famosa taça de volta a Gávea (lembrando que ela esteve nas mãos rubro-negras em 92, com o Maestro Junior, no dia do titulo.)
O Flamengo ganhou o título em campo, jogando e vencendo, como estava firmado o acordo entre todos os grandes clubes. E não na canetada, a exemplo dos arregos que muito time ganha só por babar o ovo do (FILHO DA PUTA) do Ricardo Teixeira.
O Flamengo e o Sport são campeões brasileiros de 1987. Se você é rubro-negro, carioca ou pernambucano, pode comemorar. Mas não deixe de entender o contexto de cada decisão tomada pela CBF. Elas têm um viés diferente do que você imagina.
Leandro Cardoso Pires, 22 de Fevereiro de 2011.